Afastar a insônia passa pela sutileza de perceber cada um de nossos cinco sentidos. Esses são alguns dos ensinamentos ditados aqui por Deepak Chopra,médico indiano que prega o respeito à natureza e ás nossas sensações para banir os ruídos internos e ter uma noite de sono tranqüila.
TEXTO: ANA HOLANDA
Seguir o ciclo da natureza. Essa é a receita do médico indiano Deepak Chopra em seu livro Uma Boa Noite de Sono (ed. Sextante). “Quando seus ritmos fisiológicos se sintonizam com a natureza – o movimento da Terra, do Sol, da Lua e das estrelas, o ciclo das estações do ano e as marés –, o sono vem sem esforço”, diz ele em sua obra, lançada em junho no Brasil. Chopra é um dos divulgadores, no Ocidente, da medicina aiurvédica, que segue os preceitos de saúde da filosofia indiana. Sua lição para dormir bem parece fácil, mas na prática seguir o ritmo do Sol e da Lua não é tão simples. Mas, mesmo para essas eventuais dificuldades, Deepak Chopra tem alguma resposta sábia, que passa por nossos instintos mais primitivos: tato, audição, olfato, visão e paladar. “Tudo o que você toca, prova, vê, cheira e ouve é metabolizado em seu corpo físico, mental e emocional”, acredita ele.
Entre os principais vilões de uma noite maldormida estão o excesso de estresse, ansiedade, depressão. Um estudo feito pelo Instituto do Sono, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em 1987, 1995 e repetido este ano, apontou que 81% dos paulistanos têm queixas de sono. Desses, 35% sofrem de insônia. “Os dados brasileiros coincidem com os internacionais em relação à insônia. Sabe-se também que 10% das pessoas desenvolvem o problema crônico”, conta Lia Bittencourt, médica do instituto e coordenadora do estudo. As pesquisas mostram, ainda, que as mulheres são as que mais sofrem com as noites maldormidas causadas pela insônia – os homens têm queixas de ronco, na maior parte das vezes. As explicações para isso estão relacionadas com a predisposição genética – existem famílias inteiras de insones – por elas terem maior tendência à depressão e à ansiedade e pelo vaie-vem hormonal. Na menopausa, por exemplo, a redução do hormônio feminino progesterona afeta a qualidade do sono.
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