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sábado, 6 de junho de 2009

Novo estudo reafirma a associação entre agrotóxicos e o desenvolvimento da Doença de Parkinson

[Por Henrique Cortez, do EcoDebate] Ainda não são conhecidas as causas da Doença de Parkinson (DP), a segunda mais frequente doença neurodegenerativa, apenas atrás da Doença de Alzheimer. No entanto, as pesquisas mais recentes já identificam fatores de risco, principalmente a associação de fatores ambientais e suscetibilidade genética. Estudos recentes já associam a exposição a agrotóxicos e o aumento do risco de desenvolvimento da DP.

Agora, um novo estudo epidemiológico [Professional exposure to pesticides and Parkinson's disease] avaliou a exposição de agricultores franceses aos agrotóxicos, especialmente organoclorados, e o risco de desenvolvimento da Doença de Parkinson (DP). O estudo [Professional exposure to pesticides and Parkinson's disease] foi publicado na revista Annals of Neurology, publicação oficial da American Neurological Association.

A pesquisa foi coordenada por Alexis Elbaz M.D., Ph.D., do Inserm, o instituto nacional frances em pesquisas de saúde e da University Pierre et Marie Curie (UPMC, Paris 6). Os estudos foram realizados a partir de registros individuais de agricultores afiliados aos sistema francês de saúde para a agricultura (Mutualité Sociale Agricole), a partir dos registros de exposição profissional e continuada a agrotóxicos.

É um estudo oficial e detalhado, que avaliou o históricos médico dos participantes, o tipo de agrotóxico e a intensidade da exposição. Também foram avaliadas as propriedades rurais em termos de localização e área, tipo de cultura agrícola, período do ano de aplicação dos agrotóxicos e forma de aplicação.

O estudo avaliou os agrotóxicos por finalidade (inseticidas, herbicidas e fungicidas) tendo concluído que os participantes continuamente expostos aos agrotóxicos eram mais suscetíveis ao desenvolvimento da DP. No caso dos inseticidas, os participantes expostos tinham o dobro da possibilidade de desenvolver a Doença de Parkinson do que os não expostos aos inseticidas.

Este é mais um estudo a confirmar a hipótese de que fatores ambientais como a exposição aos agrotóxicos devem ser considerados como fatores de risco no desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.

O estudo avaliou a exposição direta aos agrotóxicos, mas ainda devem ser melhor estudadas as exposições indiretas, pelo ar, pela água e pelos alimentos, o que deve ampliar, significativamente, as populações expostas aos fatores de risco.

Estudos [Parkinson's Disease and Residential Exposure to Maneb and Paraquat From Agricultural Applications in the Central Valley of California e Dopamine transporter genetic variants and pesticides in Parkinson’s disease ] anteriores já haviam demonstrado esta associação [in Pesquisa relaciona a exposição a agrotóxicos com o aumento do risco de desenvolvimento da doença de Parkinson]

Como informação complementar sugerimos que, também, consultem as seguintes fontes:

A fetal risk factor for Parkinson’s disease.
Barlowa, BK, EK Richfielda, DACory-Slechtab, M Thiruchelvamb. 2004.
Developmental Neuroscience 26:11-23.

Parkinson’s disease and residential exposure to maneb and paraquat from agricultural applications in the Central Valley of California.
Costello, S, M Cockburn, J Bronstein, X Zhang and B Ritz. 2009.
American Journal of Epidemiology 169: 919-926.

5? and 3? region variability in the dopamine transporter gene (SLC6A3), pesticide exposure and Parkinson’s disease risk: a hypothesis generating study.
Kelada, SN, H Checkoway, SL Kardia, CS Carlson, P Costa-Mallen, DL Eaton, J Firestone, KM Powers, PD Swanson, GM Franklin, WT Longstreth, Jr, T-S Weller, Z Afsharinejad and LG Costa. 2006.
Human Molecular Genetics 15(20):3055-3062.

Developmental exposure to the pesticides paraquat and maneb and the Parkinson’s disease phenotype.
Thiruchelvam, M, EK Richfield, BM Goodman, RB Baggs and DA Cory-Slechta. 2002.
NeuroToxicology 23:621-633.

O artigo “Professional exposure to pesticides and Parkinson’s disease”, Annals of Neurology, de
Alexis Elbaz, Jacqueline Clavel, Paul J. Rathouz, Frédéric Moisan, Jean-Philippe Galanaud, Bernard Delemotte, Annick Alpérovitch, Christophe Tzourio, apenas está disponível para assinantes.

Abaixo, para maiores informações, transcrevemos o abstract:

Objective.
We studied the relation between Parkinson’s disease (PD) and professional exposure to pesticides in a community-based case-control study conducted in a population characterized by a high prevalence of exposure. Our objective was to investigate the role of specific pesticide families and to perform dose-effect analyses.

Methods.
PD cases (n=224) from the Mutualité Sociale Agricole (MSA, France) were matched to 557 controls free of PD affiliated to the same health insurance. Pesticide exposure was assessed using a two-phase procedure, including a case-by-case expert evaluation. Analyses of the relation between PD and professional exposure to pesticides were first performed overall and by broad category (insecticides, fungicides, herbicides). Analyses of 29 pesticide families defined based on a chemical classification were restricted to men. Multiple imputation was used to impute missing values of pesticide families. Data were analyzed using conditional logistic regression, both using a complete-case and an imputed dataset.

Results.
We found a positive association between PD and overall professional pesticide use (OR=1.8, 95% CI=1.1-3.1), with a dose-effect relation for the number of years of use (p=0.01). In men, insecticides were associated with PD (OR=2.2, 95% CI=1.1-4.3), in particular organochlorine insecticides (OR=2.4, 95% CI=1.2-5.0). These associations were stronger in men with older onset PD than in those with younger onset PD and were characterized by a doseeffect relation in the former group.

Interpretation.
Our results lend support to an association between PD and professional pesticide exposure and show that some pesticides (i.e., organochlorine insecticides) may be more particularly involved. Ann Neurol 2009
Received: 7 November 2008; Revised: 23 February 2009; Accepted: 20 March 2009

[EcoDebate, 06/06/2009]

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Sobre o mesmo tema leiam, também:

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Globo Repórter : França em busca da comida perdida

O neuropsiquiatra David Servan-Schreiber parece um menino se deliciando com a vida. Na manhã fria, pelas ruas de Paris, ele vai pedalando para o trabalho. Esse homem tão cheio de energia já enfrentou duas vezes o câncer e duas vezes conseguiu vencer.

Médico e paciente ao mesmo tempo, o doutor David Servan-Schreiber se lançou em uma busca para entender os caminhos dessa perigosa doença.

O que intrigava o doutor Schreiber era as estatísticas: por que os números de câncer cresceram tanto depois da Segunda Guerra? Para mudar no futuro, ele olhou para o passado. Como vivíamos, como comíamos antes de o câncer se tornar uma epidemia entre nós? Ele descobriu que, ao redor do mundo, muitos cientistas se faziam a mesma pergunta e buscavam respostas em seus laboratórios. Como um detetive, ele foi juntando esses estudos e montou uma fórmula de vida anticâncer.

O primeiro passo para armar o nosso organismo contra a doença é seguir uma alimentação saudável. Alimentos frescos: frutas, verduras e legumes estão na linha de frente desse combate. O prato anticâncer também tem lugar para os cereais, como o arroz integral; os lipídios, como o azeite de oliva; as ervas e os condimentos.

Há uma lista de alimentos bons para cada tipo de câncer, mas, entre os mais poderosos, estão: o alho, a cebola, o alho-poró, a couve-de-bruxelas, a couve-flor e o brócolis.

Entre as frutas, aparecem no estudo as de clima temperado, comuns na Europa. São as chamadas frutinhas vermelhas: o mirtilo, o morango e a framboesa. Também são importantes a ameixa, o pêssego e o damasco.

O doutor Servan-Schreiber explica que é melhor escolher produtos orgânicos, livres de pesticidas e agrotóxicos. Mas atenção: as pesquisas mostram que é muito mais importante comer frutas, verduras e legumes, mesmo com algum resíduo de pesticida, do que não comer.

O doutor Schreiber recomenda ainda beber todos os dias o chá verde, rico em polifenóis, e se habituar a usar a cúrcuma, um anti-inflamatório natural poderosíssimo, que, para fazer efeito, deve sempre ser misturada com pimenta. Uma receita simples é fazer um molho com azeite de oliva e pimenta e usar para temperar saladas.

Por outro lado, há os alimentos que agem como fermento para as células cancerosas. Justamente aqueles alimentos que são tão saborosos, tão difíceis de resistir.

No prato anticâncer, é preciso reduzir o açúcar refinado e a farinha branca. As sobremesas, por exemplo, devem ser substituídas por frutas.

David Servan-Schreiber teve câncer no cérebro aos 31 anos. Sofreu uma recaída e sobreviveu graças aos recursos da medicina moderna. Ele diz que ninguém deve abandonar os tratamentos médicos. Eles salvam vidas. O que ele recomenda é que cada um fortaleça o seu corpo para estimular a sua capacidade de resistir à doença.

É uma luta diária, que deve fazer parte da nossa rotina. É uma mudança que passa também pela maneira de ver a vida. Fortalecer as relações de amizade, os laços de família. Não guardar ressentimentos. Se livrar da tristeza, do medo, da solidão. Fazer exercícios diariamente.









segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Alergias podem proteger contra câncer, dizem cientistas

31/10/2008 - 11h43
da Folha de S.Paulo

Alergias costumam ser muito incômodas, mas um novo estudo sugere que elas também podem trazer benefícios. Após revisar quase 650 estudos feitos ao longo de cinco décadas, cientistas da Universidade Cornell, nos EUA, afirmam que há fortes evidências de que os sintomas alérgicos protegem contra alguns tipos de câncer.

Segundo o trabalho, publicado na revista "The Quarterly Review of Biology", a alergia pode ter efeito protetor por expelir partículas estranhas, algumas das quais carcinogênicas, de órgãos mais suscetíveis a entrar em contato com elas. A alergia serviria ainda como um aviso para que as pessoas soubessem quando há substâncias no ar que devem ser evitadas.

Para André Murad, chefe da disciplina de oncologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, a hipótese tem base científica. Ele explica que, teoricamente, o mesmo mecanismo de autoproteção disparado para combater o alérgeno (agente capaz de produzir alergia) pode combater substâncias de células tumorais.

"A estrutura molecular da célula tumoral lembra o perfil molecular dos alérgenos. Pode ser que os anticorpos produzidos pela pessoa alérgica protejam contra as células tumorais e as eliminem antes de elas formarem o tumor."

Os cientistas viram que a associação inversa entre alergia e câncer é bem mais comum com tumores que têm contato direto com o ambiente, como de boca, reto e pele, e com alergias como a alimentar e a animais.

Mas valeria a pena suspender tratamentos contra a alergia? Os cientistas dizem que ainda são necessários mais estudos para responder a essa questão.
Com agências internacionais

Câncer desativa alerta ao sistema imunológico

EFE
O câncer anula a função de alerta do "sistema do complemento" e consegue assim escapar da ação do sistema imunológico, segundo um artigo publicado neste domingo pela revista científica britânica Nature Immunology.

O sistema do complemento é uma "cascata" de proteínas que atuam como um alarme de incêndios para alertar o sistema imunológico da presença de uma infecção.

Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Pensilvânia (EUA), liderada por John Lambris, explica que existe um enlace "aparentemente ilógico" entre a ativação dos sensores imunológicos e a capacidade dos tumores para escapar do sistema de defesas.
O câncer ativa uma das proteínas da cascata do sistema de complemento, o C5, o que causa a anulação da resposta imunológica do organismo contra as células tumorais.

Uma vez que esta proteína tenha sido ativada, recruta células supressoras do sistema imunológico que "desarmam" as células de defesa e lhes impede, portanto, que "matem" as cancerígenas.

Os cientistas demonstraram que o bloqueio da atividade da proteína C5 desacelera o crescimento do tumor em ratos de laboratório e que este tratamento é tão efetivo como o de taxol, um fármaco anticancerígeno.
EFE

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A mente oculta das plantas

A ciência descobre o surpreendente domínio da consciência vegetal
Por José Tadeu Arantes jtadeu@edglobo.com.br

Após décadas de pesquisas, os cientistas ainda não chegaram a uma explicação convincente para o halo luminoso que aparece em volta dos objetosAs plantas são capazes de perceber agressões à vida praticadas do outro lado da parede. E parecem ter consciência até mesmo de intenções ocultas na mente humana. Essa fantástica revelação — que foi tema do livro A Vida Secreta das Plantas, de Peter Tompkins e Christopher Bird, e inspirou o álbum de mesmo nome do compositor e cantor Steve Wonder — vem sendo confirmada por pesquisas científicas realizadas no Brasil. Ela faz parte de um conjunto de descobertas que deverá revolucionar a visão de mundo do próximo século e apontam para um relacionamento mais harmonioso entre o homem e a natureza.

Os xamãs — homens de conhecimento das comunidades pré-históricas — já sabiam que, por trás de seu aparente torpor, as plantas possuem uma vida secreta, cheia de percepções e atividades. Esse mundo oculto foi contactado, desde então, por visionários de diferentes épocas e lugares, como o místico alemão Jacob Boehme (1575-1624), que dizia ser capaz de penetrar a consciência das plantas.

A ciência materialista, porém, preferiu descartar esse tema, que desafiava sua limitada descrição da realidade. Ele co ntinuaria provavelmente ignorado se, em 1966, uma descoberta casual não tivesse rompido essa conspiração de silêncio. Naquele ano, Cleve Backster, então o maior especialista americano em detecção de mentiras, teve a estranha idéia de fixar os eletrodos de um de seus detectores numa folha de dracena, espécie tropical utilizada como planta ornamental.

Ele foi movido pela simples curiosidade, mas o que encontrou abalaria os fundamentos da visão de mundo dominante. Backster suspeitava que a planta reagisse a agressões reais à sua integridade física. Mas não podia imaginar que a simples idéia dessas agressões provocasse saltos violentos nos gráficos traçados pelo aparelho. Pois foi exatamente o que aconteceu quando ele pensou em queimar uma das folhas da dracena.

E voltou a acontecer quando se aproximou dela com uma caixa de fósforos, disposto a levar sua intenção à prática. A planta parecia ler o seu pensamento e sabia distinguir as ameaças reais da mera simulação.

Sem querer, Backster abrira a porta que dava entrada a uma realidade totalmente inesperada — e desconcertante.

A grande novidade do experimento foi ter propiciado um acesso direto às percepções das plantas sem a intermediação de sensitivos humanos: não era preciso ser paranormal para contactar o mundo da consciência vegetal. Esse ponto de vista foi reforçado, em julho último, por uma pesquisa feita na Universidade de Gant, na Bélgica.

Valendo-se de imagens em infravermelho, o pesquisador Dominique van der Straeten e sua equipe descobriram que as folhas de tabaco têm a capacidade de reagir com uma espécie de febre quando infectadas por certos tipos de vírus. Como relatado no jornal Nature Biotechnology, as folhas sofreram um aumento de temperatura de até 0,4 grau Celsius, oito horas antes dos efeitos dos vírus se manifestarem, num processo "fisiológico" semelhante ao do corpo humano.

Percepção básica Atento a tais descobertas, um brasileiro resolveu fazer uma investigação parecida. Trata-se do engenheiro Arlindo Tondin, mestre em eletrônica pela Universidade de Nova York e um dos fundadores da Faculdade de Engenharia Industrial, de São Bernardo do Campo, SP.

O engenheiro Arlindo Tondin fixa eletrodos numa planta. A foto foi realizada no Laboratório de Metrologia Elétrica da FEI, em São Bernardo do Campo, SP. O local é blindado eletricamente para eliminar a influência dos ruídos externos.

Tondin fixou eletrodos próximo à raiz e num dos galhos de um limoeiro. "Verifiquei que havia, entre os dois pontos, uma diferença de potencial elétrico da ordem de microvolts", informa. "Eu já desconfiava que a ascensão da seiva estivesse associada a um fenômeno elétrico e, para confirmar isso, liguei aos eletrodos uma pilha de 1,5 volt, de modo a intensificar a corrente na região. Resultado: os frutos do galho onde estava o eletrodo ficaram maiores e amadureceram mais rápido que os demais."

Estava provada a tese da seiva. O próximo passo era averiguar como as agressões externas afetavam a corrente elétrica que circula na planta. Para isso, o engenheiro utilizou um osciloscópio de raios catódicos de alta sensibilidade. "Conectei o osciloscópio aos eletrodos e, com uma vela, comecei a queimar algumas folhas. A resposta foi quase imediata: a imagem da tela do osciloscópio, que estava estacionária, passou a apresentar intensas variações." Tondin espantou-se com a reação provocada por seu ato. "Comecei a questionar até que ponto eu tinha o direito de agredir o vegetal e a natureza. E resolvi interromper a pesquisa."

O engenheiro convenceu-se da seriedade dos experimentos descritos em A Vida Secreta das Plantas. Num deles, também realizado por Backster, três plantas reagem à matança de camarões, cometida numa outra sala. Essa investigação foi conduzida com os cuida dos que caracterizam as melhores pesquisas científicas:

1) foram escolhidos, como vítimas, animais de grande vitalidade, pois já tinha sido notado que seres doentes ou a caminho da morte não eram capazes de estimular as plantas a distância;

2) para evitar que a subjetividade dos pesquisadores influísse nos resultados, os camarões eram despejados numa vasilha de água fervente por um mecanismo automático, longe das vistas de qualquer ser humano;

3) eliminaram-se as possibilidades de que o próprio funcionamento do mecanismo ou eventuais perturbações eletromagnéticas afetassem a forma dos gráficos;

4) as plantas, monitoradas por detectores, foram colocadas em três salas diferentes, submetidas às mesmas condições de temperatura e iluminação.

A análise dos gráficos mostrou que as plantas reagiam intensa e sincronizadamente à morte dos camarões — numa proporção que excluía qualquer hipótese de uma flutuação puramente casual das variáveis elétricas. Backster sentiu-se respaldado para formular a tese de que os vegetais, como todo organismo vivo, dispõem de uma percepção primária que lhes permite detectar, a distância, qualquer agressão à vida.

Organismos complexos
Apesar de sua aparência simples, as plantas são organismos altamente complexos. Uma planta pequena, como o pé de centeio, possui nada menos que 13 milhões de radículas em sua raiz. Estas são formadas, por sua vez, de 14 bilhões de filamentos, que, se fossem enfileirados um após o outro, cobririam uma extensão de 11 mil quilômetros, quase a distância de um pólo a outro.

Toda planta é dotada de uma malha elétrica em equilíbrio. Nas árvores, a corrente elétrica sobe pelo anel externo e desce pelo anel central. Como demonstrou a pesquisa do brasileiro Arlindo Tondin, essa corrente está associada ao fluxo da seiva.

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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Ponto para o açaí

15/10/2008
Agência FAPESP – Um importante alimento dos habitantes na Amazônia, que também é consumido de Norte a Sul do Brasil, tem se tornado cada vez mais popular em outros países, como os Estados Unidos: o açaí. Por ser comercializado como uma “superfruta” em mercados norte-americanos, que destacam os potenciais efeitos benéficos para a saúde, um grupo de pesquisadores da Universidade Texas A&M tem estudado o açaí desde 2001.

O mais recente resultado da pesquisa traz nova boa notícia aos consumidores do fruto da palmeira Euterpe oleracea. Em artigo publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry, os cientistas descrevem que os antioxidantes contidos no açaí são absorvidos pelo organismo humano.

O estudo envolveu 12 voluntários, que consumiram açaí em polpa e na forma de suco, esta última contendo metade da concentração de antocianinas – pigmentos que dão cor às frutas – do que a versão em polpa. Os dois alimentos foram comparados com sucos sem propriedades antioxidantes, usados como controle.

Amostras do sangue e da urina dos participantes foram tomadas 12 e 24 horas após o consumo e analisadas. Segundo os pesquisadores, tanto a polpa como o suco apresentaram absorção significativa de antioxidantes no sangue após terem sido consumidos.

"O açaí tem baixo teor de açúcar e seu sabor é descrito como uma mistura de vinho tinto e chocolate. Ou seja, o que mais podemos querer de uma fruta?", disse Susanne Talcott, principal autora do estudo, do qual também participaram cientistas das universidades do Tennessee e da Flórida.

Segundo ela, trabalhos futuros poderão ajudar a determinar se o consumo do açaí pode resultar em benefícios para a saúde com relação à prevenção de doenças. O grupo do qual faz parte tem estudado a ação do açaí contra células cancerosas.

“Nossa preocupação é que o açaí tem sido vendido como um superalimento. E ele definitivamente tem atributos notáveis, mas não pode ser considerado uma solução para doenças. Há muitos outros bons alimentos e o açaí pode ser parte de uma dieta bem balanceada”, disse Susanne.
O artigo Pharmacokinetics of anthocyanins and antioxidant effects after the consumption of anthocyanin-rich açai juice and pulp (Euterpe oleracea Mart.) in human healthy volunteers, de Susanne Talcott e outros, pode ser lido por assinantes do Journal of Agricultural and Food Chemistry em http://pubs.acs.org/journals/jafcau.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Chave geral das sinapses

25/9/2008
Agência FAPESP – Um grupo de pesquisadores identificou pela primeira vez uma “chave geral” de células cerebrais capaz de orquestrar a formação e manutenção de sinapses inibitórias, essenciais para o bom funcionamento do cérebro.

O fator, batizado de Npas4, regula mais de 200 genes que agem de várias maneiras para acalmar células superexcitadas, restaurando um equilíbrio que, acredita-se, é perdido em alguns distúrbios neurológicos. A descoberta, realizada por pesquisadores do Hospital Infantil de Boston, nos Estados Unidos, foi descrita na edição desta quinta-feira (25/9) da revista Nature.
As sinapses – conexões entre as células cerebrais – podem ter natureza excitatória ou inibitória. No nascimento, com o rápido desenvolvimento do cérebro, as excitatórias são abundantes, tendendo a fazer as células nervosas estimularem suas vizinhas.

Mas, se a excitação eventualmente não for equilibrada, ela pode levar à epilepsia. Doenças como o autismo e a esquizofrenia têm sido também associadas a um desequilíbrio entre excitação e inibição.

A criação de conexões inibitórias também é necessária para desencadear períodos críticos, como as fases de aprendizagem rápida durante a primeira infância e a adolescência, quando o cérebro tem mais plasticidade – isto é, mais habilidade para modificar sua própria organização estrutural e funcionamento.

O Npas4 é um fator de transcrição, ou seja, funciona como um “interruptor” que ativa ou reprime outros genes. Os pesquisadores, liderados pelo diretor do Programa de Neurobiologia do Hospital Infantil de Boston, Michael Greenberg, demonstraram que a atividade de cerca de 270 genes muda quando a atividade do Npas4 é bloqueada em uma célula. E demonstraram que a ativação do fator está associada ao aumento do número de sinapses inibitórias na superfície das células.

A equipe mostrou que o Npas4 é ativado pela atividade sináptica excitatória. “O programa disparado pela excitação diz: ‘esta célula está ficando excitada, precisamos equilibrar com inibição’”, explicou Greenberg, que atualmente lidera o Departamento de Neurobiologia da Escola Médica de Harvard.

Os pesquisadores estudaram camundongos com falta de Npas4 e descobriram evidência de problemas neurológicos. Os camundongos pareciam ansiosos e hiperativos e ficaram propensos a crises convulsivas.

Greenberg e sua equipe estão atualmente tentando aprender mais sobre a ampla variedade de genes regulados pelo Npas4, já que cada um deles pode fornecer pistas sobre o desenvolvimento das sinapses e revelar novas possibilidades de tratamento para distúrbios neurológicos.
“Se tivermos acesso a um fator de transcrição como o Npas4, com as novas tecnologias da genômica poderíamos essencialmente identificar cada alvo do fator de transcrição”, disse Greenberg. Um desses alvos é o fator neurotrófico (BDNF), que, de acordo com estudos anteriores da mesma equipe, regula a maturação e a função de sinapses inibidoras.

O artigo Activity-dependent regulation of GABAergic synapse development by Npas4, de Yingxi Lin e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Antiinflamatórios podem prejudicar detecção de câncer de próstata

Época: 08/09/2008 - 15:49 - Atualizado em 08/09/2008 - 15:51

Um estudo americano sugere que o uso regular de antiinflamatórios do tipo não-esteróide, como aspirina e ibuprofeno, pode reduzir os níveis de PSA no sangue e dificultar a detecção da doença, uma vez que a concentração dessa substância determina o diagnóstico. Em breve os médicos poderão recomendar que os homens deixem de tomar esses remédios algum tempo antes de fazer os exames.
Cristiane Segatto

De todos os exames usados para detectar o câncer de próstata precocemente, um dos mais importantes é o PSA (antígeno específico da próstata). Com um simples exame de sangue, os médicos checam a quantidade dessa substância no organismo. Quando os níveis dela estão elevados, é bastante provável que um tumor maligno esteja se formando na próstata.

Um novo estudo lança um alerta sobre os cuidados necessários antes da realização desse exame. A pesquisa sugere que o uso regular de antiinflamatórios do tipo não-esteróides, como aspirina e ibuprofeno, pode reduzir os níveis de PSA no sangue. Os remédios parecem mascarar a quantidade do antígeno e, com isso, prejudicar a detecção precoce do câncer de próstata.

O estudo será um dos destaques da edição de outubro da revista científica Cancer, uma publicação da Sociedade Americana do Câncer. Os pesquisadores analisaram os níveis de PSA de 1,3 mil homens acima de 40 anos. Descobriram que as concentrações eram 10% mais baixas entre os consumidores de antiinflamatórios.

Considerando a quantidade de pessoas que tomam antiinflamatórios e o uso corriqueiro dos testes de PSA, é possível que o estudo tenha impacto sobre a vida prática. Em breve os médicos podem começar a recomendar que os homens deixem de tomar os antiinflamatórios algum tempo antes de fazer os exames.

sábado, 16 de agosto de 2008

Exercícios previnem câncer mesmo nos magrinhos, afirma novo estudo

15/08/2008 - 11h38
Luis Fernando Correia Especial para o G1
Japoneses demonstram que exercícios fazem bem a pessoas que estão em forma.
Redução do número de tumores malignos chegou a mais de um quarto em mulheres.
A relação entre obesidade e um risco aumentado de câncer já está estabelecida. Nesses casos, a atividade física pode funcionar como estratégia de prevenção diminuindo a massa corporal gorda e o risco dos tumores.

Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN

A dúvida era se o efeito protetor dos exercícios se mantinha nos indivíduos magros. Pesquisadores do governo do Japão realizaram uma pesquisa sobre o impacto dos exercícios sobre o câncer na população japonesa, naturalmente mais magra do que os ocidentais. Durante nove anos, cerca de 80 mil japoneses, que tinham idades entre 45 e 54 anos em 1995, foram acompanhados. Os participantes responderam a questionários sobre sua atividade física.

Os dados recolhidos na pesquisa foram cruzados com os registros nacionais de casos de câncer, para que uma possível relação pudesse ser evidenciada. A quantidade de exercícios está diretamente relacionada à incidência de tumores malignos. A diminuição de risco entre o grupo que mais se exercitava e os menos ativos chegou a 13% nos homens e 27% nas mulheres.

Entre os tumores que tiveram seu risco diminuído estão os de intestino grosso, fígado e pâncreas. Portanto, mesmo que você não esteja acima do peso, não perca tempo e comece logo a se exercitar. A pesquisa japonesa está publicada na edição de agosto da revista médica "American Journal of Epidemiology".

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Vida saudável muda ativação de genes em homens com câncer, diz estudo

Via G1 17/06/2008 - 14h15 - Atualizado em 17/06/2008 - 15h40

Pesquisa mostrou alteração positiva em mais de 500 trechos de DNA de pacientes.
Exercício físico, dieta melhorada e controle do estresse parecem ser responsáveis.


A ação benéfica de alimentação adequada, controle do estresse e exercício físico regular é capaz de mudar para melhor o sistema de ativação dos genes de uma pessoa, afirma um novo estudo. Pesquisadores americanos estudaram homens com câncer de próstata que alteraram seu estilo de vida e viram que o fenômeno afeta áreas "protetoras" de seu DNA.

Em estudo na revista científica "PNAS", Dean Ornish e seus colegas do Instituto de Pesquisa sobre Medicina Preventiva, na Califórnia, fizeram biópsias de próstata de 30 homens que são portadores de uma forma de baixo risco de câncer de próstata. Amostras obtidas quando a doença foi diagnosticada e outras retiradas três meses após a mudança no estilo de vida dos pacientes foram examinadas em busca de alterações moleculares importantes.

Os pesquisadores observaram uma alteração na expressão (grosso modo, o padrão de ativação ou desativação) de mais de 500 genes. Alguns trechos de DNA ligados à prevenção de doenças ficaram superativos, enquanto alguns dos chamados oncogenes, ligados à evolução do câncer, foram silenciados.

Segundo os pesquisadores, mais estudos são necessários para comprovar o efeito benéfico em pacientes com câncer e na população em geral.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Expressar sentimentos num blog faz bem à saude, diz pesquisa

Deu no BlueBus: Expressar seus pensamentos e emoçoes através de um blog pode ser bom para a saúde, diz uma materia da revista Scientific American. Entre os beneficios de se expressar atraves da escrita estao a melhoria da memoria e do sono, o estimulo à atividade imunológica das celulas e a aceleraçao da recuperaçao após uma cirurgia.

Em fevereiro, um estudo na França com pacientes com cancer indicou que os que se envolveram com a escrita logo antes do tratamento se sentiram melhor, mental e fisicamente, do que os que nao fizeram isso. Ainda segundo a materia, blogar pode liberar dopamina, um neurotransmissor que estimula o sistema nervoso central, da mesma maneira que outras atividades como ouvir musica, correr ou ver obras de arte. E ainda mais, a possibilidade de resposta imediata oferece a quem escreve o beneficio de encontrar outras pessoas em situaçao similar. Dica do Gawker, via BlueBus.

Por Gustavo Barreto.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Cirurgião-pianista afirma que música cura gerando hormônio de crescimento

27/05/2008 - 18h20 - Atualizado em 27/05/2008 - 19h21

Pesquisa realizada por residente médico de Harvard desafia teorias estabelecidas.
Ironicamente, música poderia ajudar pacientes estimulando resposta de estresse.
David Dobbs Do 'New York Times' via G1
Foto: C.J. Gunther/NYT
C.J. Gunther/NYT
Ao piano, sua segunda (ou primeira?) paixão (Foto: C.J. Gunther/NYT)

Para Claudius Conrad, um cirurgião de 30 anos de idade que toca piano desde os cinco, música e medicina estão entrelaçadas — desde o mundo acadêmico até o nível da destreza necessária ao banco do piano e à mesa de operações.


“Se não toco por dois dias”, diz Conrad, um residente de terceiro ano em cirurgia na Escola Médica de Harvard que também possui doutorado em biologia de células-tronco e filosofia da música, “não consigo sentir as coisas tão bem quando estou em cirurgia. Minhas mãos não ficam tão suaves com o tecido. Elas não ficam tão sensíveis à reação que o tecido proporciona”.

Como muitos cirurgiões, Conrad diz trabalhar melhor quando escuta música. E cita estudos, incluindo alguns de autoria própria, que mostram a ajuda da música inclusive para os pacientes — trazendo relaxamento e reduzindo pressão sanguínea, batimentos cardíacos, hormônios do estresse, dores e a necessidade de medicamentos para a dor. Considerando-se que a música cura, como isso acontece? Os caminhos fisiológicos responsáveis mantêm-se obscuros, e a busca por um mecanismo de fundamento pouco tem se movido.

Agora Conrad está tentando mudar isso. Ele publicou recentemente um artigo provocador, sugerindo que a música pode exercer a cura e efeitos sedativos parcialmente por uma paradoxal estimulação de um hormônio de crescimento geralmente associado ao estresse.

Salto hormonal

Esse pulo nos hormônios de crescimento, diz John Morley, endocrinologista do Centro Médico da Universidade de St. Louis que não estava envolvido no estudo, “não é o que você esperaria, e não tem um significado precisamente claro”. Mas ele disse que isso levantou “algumas novas e admiráveis possibilidades sobre a fisiologia da cura”, e acrescentou: “E é claro que isso tem um tipo de círculo metafórico. Costumávamos falar do sistema neuroendócrino como sendo um tipo de maestro da orquestra de neurônios, conduzindo o sistema imunológico. Aqui nós temos música, estimulando esse maestro a iniciar o processo de cura”.

Recentemente, Conrad concentrou-se em mecanismos específicos que possam ajudar a explicar os efeitos da música no corpo. Em artigo publicado no último mês de dezembro no periódico "Critical Care Medicine", ele e colegas revelaram um elemento inesperado na resposta fisiológica à música em pacientes aflitos: um pulo no hormônio pituitário de crescimento, que é notoriamente crucial para a cura. “É um tipo de aceleração que produz um efeito calmante”, diz ele.

O estudo em si foi relativamente simples. Os pesquisadores colocaram fones de ouvido em 10 pacientes de tratamento intensivo em pós-cirúrgico, e na hora exatamente posterior à pausa nos sedativos, cinco deles foram tratados com gentis músicas de piano de Mozart, enquanto os cinco outros não ouviram nada.

Os pacientes que ouviram a música mostraram muitas reações esperadas por Conrad, com base em outros estudos: redução da pressão sanguínea e dos batimentos cardíacos, menor necessidade de analgésicos e uma queda de 20% em dois importantes hormônios do estresse, epinefrina e interleucina-6, ou IL-6. Entre essas reações esperadas estava a nova descoberta do estudo: um pulo de 50% no hormônio pituitário de crescimento.

Foto: C.J. Gunther/NYT
O médico se prepara para operar (Foto: C.J. Gunther/NYT)

Promoção da cura

Ninguém conduzindo esses estudos havia medido o hormônio de crescimento, cuja função inclui direcionar o crescimento, responder a ameaças ao sistema imunológico e promover a cura. Conrad o incluiu porque a pesquisa ao longo dos últimos cinco anos mostrou que o hormônio de crescimento geralmente aumenta com o estresse e diminui com o relaxamento.

“Isso significa que você espera que o HC, como epinefrina e IL-6, baixariam nesse caso”, diz Morley, da Universidade de St. Louis, sobre o hormônio. “Mas aqui ele aumenta. A questão é se o pulo no hormônio de crescimento efetivamente conduz o efeito sedativo, ou se é parte de alguma outra coisa que esteja acontecendo.”

Conrad argumenta que o hormônio de crescimento tem de fato um efeito sedativo. Em seu artigo, ele cita um estudo de 2005 que mostra o fator de liberação do hormônio de crescimento, um mensageiro químico que essencialmente chama os hormônios para o trabalho e reduz a atividade da interleucina-6. Isso sugere, diz ele, que o próprio hormônio de crescimento poderia reduzir os níveis de interleucina-6 e epinefrina que produzem inflamação e levam a dores e aumento da pressão sanguínea e dos batimentos cardíacos.

Essa explicação obteve reações diversas entre os pesquisadores do estresse.
“As duas dinâmicas não são necessariamente as mesmas,” diz Keith W. Kelley, um endocrinologista da Universidade de Illinois e perito em reações a inflamações. “Eu, pessoalmente, não compro o mecanismo celular específico que ele está propondo.”

"Intrigante"

Mas Kelley e outros peritos em reações ao estresse, incluindo Morley e o Dr. Bruce S. McEwen da Universidade Rockefeller em Nova York, dizem que o estudo de Conrad sugere claramente que um aumento nos hormônios de crescimento pode de alguma forma amortecer a inflamação e as reações ao estresse. “Essa é uma possibilidade realmente intrigante que merece uma olhada mais de perto,” diz McEwen.

Para Conrad, a descoberta oferece um tipo de elegância científico-musical: aqui, ao que parece, pode estar um paralelo hormonal ao poder da música de simultaneamente provocar e acalmar.

Conrad diz que espera expandir seu estudo dos efeitos da música no hormônio de crescimento em pacientes do tratamento intensivo. Ele também está planejando estudos, de certa forma similares, sobre como a música afeta o desempenho de um cirurgião.