Luis Fernando Correia Especial para o G1
Japoneses demonstram que exercícios fazem bem a pessoas que estão em forma.
Redução do número de tumores malignos chegou a mais de um quarto em mulheres.
A relação entre obesidade e um risco aumentado de câncer já está estabelecida. Nesses casos, a atividade física pode funcionar como estratégia de prevenção diminuindo a massa corporal gorda e o risco dos tumores. Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN
A dúvida era se o efeito protetor dos exercícios se mantinha nos indivíduos magros. Pesquisadores do governo do Japão realizaram uma pesquisa sobre o impacto dos exercícios sobre o câncer na população japonesa, naturalmente mais magra do que os ocidentais. Durante nove anos, cerca de 80 mil japoneses, que tinham idades entre 45 e 54 anos em 1995, foram acompanhados. Os participantes responderam a questionários sobre sua atividade física.
Os dados recolhidos na pesquisa foram cruzados com os registros nacionais de casos de câncer, para que uma possível relação pudesse ser evidenciada. A quantidade de exercícios está diretamente relacionada à incidência de tumores malignos. A diminuição de risco entre o grupo que mais se exercitava e os menos ativos chegou a 13% nos homens e 27% nas mulheres.
Entre os tumores que tiveram seu risco diminuído estão os de intestino grosso, fígado e pâncreas. Portanto, mesmo que você não esteja acima do peso, não perca tempo e comece logo a se exercitar. A pesquisa japonesa está publicada na edição de agosto da revista médica "American Journal of Epidemiology".
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