domingo, 25 de janeiro de 2009

Refrigerante diet engorda?

Por Fábio de Oliveira, Saúde é Vital

Página 1 de 2

O tiro pode sair pela culatra. Talvez essa frase, que soa como um clichê, defina o que os consumidores de refrigerantes dietéticos tenham pensado ao deparar com as notícias nada abonadoras sobre a bebida, uma alternativa para quem não pode consumir açúcar ou precisa derrubar o ponteiro da balança. A bomba foi detonada por um estudo publicado no periódico científico americano Circulation.

Os pesquisadores acompanharam os hábitos alimentares de 16 mil indivíduos de meia-idade por mais de nove anos. Seu objetivo era investigar a relação entre a dieta dessa gente toda e a ocorrência de síndrome metabólica, uma conjunção de problemas como resistência à insulina, colesterol ruim elevado, pressão arterial nas alturas e gordura abdominal, a popular barriga de chope.

No cômputo geral dos resultados, um achado surpreendente: os voluntários que bebiam uma lata de refrigerante diet por dia apresentaram um risco 34% maior de desenvolver a síndrome. Para ter idéia de como essa porcentagem pesa, o risco de quem costumava comer frituras foi, por incrível que pareça, só 25% maior.

Daí, é inevitável questionar: será que o refri dietético engorda? O que justificaria esse resultado? Existem pelo menos duas suposições, diz a SAÚDE! Lyn M. Steffen, uma das coautoras do estudo. O adoçante artificial usado seria o responsável, ou ainda algum outro comportamento associado ao consumo do refrigerante que não mensuramos, completa Lyn, que é nutricionista da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos.

Na verdade, existem outras hipóteses, como você verá adiante. Mas a especulação sobre o adoçante, relatada por Lyn, ganhou fôlego depois da divulgação de outra pesquisa, assinada pela Universidade Purdue, também nos Estados Unidos. Os cientistas compararam dois grupos de roedores: a um deles foi oferecido iogurte adocicado com açúcar normal e, ao outro, o laticínio com um edulcorante artificial, a sacarina. Para resumir a ópera, os bichos que ficaram à base da segunda opção tiveram maior ganho de peso e, claro, aumento da gordura corporal sem falar que passaram a comer muito mais. E, sim, alguns refris diet têm sacarina.

O tiro pode sair pela culatra. Talvez essa frase, que soa como um clichê, defina o que os consumidores de refrigerantes dietéticos tenham pensado ao deparar com as notícias nada abonadoras sobre a bebida, uma alternativa para quem não pode consumir açúcar ou precisa derrubar o ponteiro da balança. A bomba foi detonada por um estudo publicado no periódico científico americano Circulation.

Os pesquisadores acompanharam os hábitos alimentares de 16 mil indivíduos de meia-idade por mais de nove anos. Seu objetivo era investigar a relação entre a dieta dessa gente toda e a ocorrência de síndrome metabólica, uma conjunção de problemas como resistência à insulina, colesterol ruim elevado, pressão arterial nas alturas e gordura abdominal, a popular barriga de chope.

No cômputo geral dos resultados, um achado surpreendente: os voluntários que bebiam uma lata de refrigerante diet por dia apresentaram um risco 34% maior de desenvolver a síndrome. Para ter idéia de como essa porcentagem pesa, o risco de quem costumava comer frituras foi, por incrível que pareça, só 25% maior.

Daí, é inevitável questionar: será que o refri dietético engorda? O que justificaria esse resultado? Existem pelo menos duas suposições, diz a SAÚDE! Lyn M. Steffen, uma das coautoras do estudo. O adoçante artificial usado seria o responsável, ou ainda algum outro comportamento associado ao consumo do refrigerante que não mensuramos, completa Lyn, que é nutricionista da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos.

Na verdade, existem outras hipóteses, como você verá adiante. Mas a especulação sobre o adoçante, relatada por Lyn, ganhou fôlego depois da divulgação de outra pesquisa, assinada pela Universidade Purdue, também nos Estados Unidos. Os cientistas compararam dois grupos de roedores: a um deles foi oferecido iogurte adocicado com açúcar normal e, ao outro, o laticínio com um edulcorante artificial, a sacarina. Para resumir a ópera, os bichos que ficaram à base da segunda opção tiveram maior ganho de peso e, claro, aumento da gordura corporal sem falar que passaram a comer muito mais. E, sim, alguns refris diet têm sacarina.

Depois de duas semanas de iogurte, os pesquisadores da Universidade Purdue ofereceram aos ratos um pudim de chocolate. Os animais se refestelaram com a guloseima. E, satisfeito, o grupo à base de açúcar comeu menos iogurte na refeição seguinte, como se o organismo tivesse feito um ajuste em relação à enxurrada calórica do pudim. Já o segundo grupo não fez a compensação: caiu de boca no iogurte com adoçante. Além disso, antes e depois do banquete, os especialistas mediram a temperatura dos roedores, um marcador potencial da atividade do organismo. Na turma do edulcorante artificial, a temperatura não se elevou como nas cobaias alimentadas com o iogurte açucarado.

O organismo dos animais, e o dos humanos, se vale de pistas nos alimentos, como o sabor adocicado, para predizer a quantidade de calorias que será fornecida pela refeição, explica a SAÚDE! Susie Swithers, uma das autoras da experiência. Baseado nessas informações, o corpo processa de modo mais eficiente o que ingere. Porém, ao consumir alimentos como o iogurte com sacarina, essas respostas fisiológicas são reduzidas ou eliminadas, revela Susie. Assim, come-se em demasia e as calorias ainda são queimadas mais lentamente. Por essa tese, por trás do efeito engordativo de alguns refrigerantes diet estaria uma fome voraz, disparada pelo adoçante.

Outro ingrediente da bebida, porém, infla a suspeita de que ela pode contribuir para a expansão da cintura: o gás carbônico. E não estamos falando de um efeito imediato apenas aquele abdômen estufado logo depois de sorver o líquido gasoso. A questão é outra: o consumo contínuo de qualquer bebida com gás pode aumentar a área do estômago em até 50% como, aliás, constataram pesquisadores da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu, que observou esse efeito em ratinhos. Essa expansão provoca uma diminuição da saciedade, explica o gastrenterologista José Roberto Ferreira Santiago, um dos autores. Ou seja, é preciso comer mais e mais até encher a barriga e enviar ao cérebro a mensagem de satisfação um efeito inverso ao da cirurgia para diminuir o estômago.

Os pesquisadores também verificaram um aumento nas taxas de triglicérides, uma gordura, no sangue das cobaias que tomaram água gasosa e, como o gás carbônico entra na fórmula dos refrigerantes, acreditam que o mesmo possa acontecer com esse tipo de bebida se ela for consumida além da conta. Mesmo diante de todos esses indícios, é preciso cautela. Ainda é precoce culpar o refrigerante diet pelo peso nas alturas. O que não dá para inocentar é a bebida rica em açúcar, afirma o endocrinologista Marcio Mancini, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Ou seja, se gostar de refri, tome um diet mas beba (e coma) com moderação.

Nenhum comentário: