segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Sinal de alerta

Stress crônico deixa as pessoas doentes. De que forma? Como podemos prevenir seus efeitos nocivos?
por Hermann Englert

Acessos de raiva, ataques do coração, enxaqueca, úlceras no estômago, síndrome do intestino irritável, perda de cabelo nas mulheres - o stress é o culpado por todas essas doenças e muitas outras. A Natureza dotou nossos antepassados pré-históricos de uma ferramenta para ajudá-los a enfrentar ameaças: um sistema rápido de ativação capaz de aguçar a atenção, acelerar as batidas do coração, dilatar os vasos sangüíneos e preparar os músculos para lutar ou fugir do urso que invadia a caverna.

Porém, nós, os humanos modernos, estamos constantemente sujeitos ao stress decorrente de trânsito, prazos, contas, chefes coléricos, companheiros irritadiços, barulho e, ainda, de pressão social, doenças físicas e desafios intelectuais. Como resultado, muitos órgãos de nosso corpo são atingidos por uma descarga implacável de sinais de alarme que podem danificá-los e prejudicar a saúde.

Mas o que exatamente acontece no cérebro e no corpo quando estamos estressados? Quais órgãos são ativados? Quando os alarmes começam a causar problemas críticos? Somente agora estamos formulando um modelo coerente para explicar como o stress contínuo nos causa mal, mas já encontramos possíveis pistas para aliviar as agressões.

O Caminho para a Sobrecarga
Nas últimas décadas, os pesquisadores identificaram diversas partes do cérebro e do corpo que contribuem, de forma considerável, para a reação ao stress - o modo como respondemos aos estressores externos. Essas regiões processam informação sensorial e emocional e se comunicam com uma vasta rede de nervos, órgãos, vasos sangüíneos e músculos, realocando as reservas de energia do corpo, de modo que possamos avaliar e reagir às situações.

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Hermann Englert é biólogo e escritor científico em Frankfurt, Alemanha.

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